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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Google

Google Inc. (NASDAQ: GOOG) é uma multinacional pública estadunidense de serviços online. O Google hospeda e desenvolve uma série de serviços e produtos baseados na Internet e gera lucro principalmente através da publicidade pelo seu programa AdWords.[4][6] A empresa foi fundada por Larry Page e Sergey Brin, muitas vezes apelidados de "Google Guys",[7][8][9] enquanto os dois estavam frequentando a Universidade de Stanford como Ph.D.s. Foi fundada como uma empresa privada em 4 de setembro de 1998 e sua oferta pública inicial foi realizada em 19 de agosto de 2004. A missão declarada da empresa desde o início foi "organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil"[10] e o slogan oficial da empresa - inventado pelo engenheiro do Google, Paul Buchheit, é "Não seja maligno" (em inglês: "Don't be evil").[11][12] Em 2006, a empresa mudou-se para sua atual sede, em Mountain View, Califórnia.

O Google é executado através de mais de um milhão de servidores em data centers ao redor do mundo[13] e processa mais de um bilhão solicitações de pesquisa[14] e vinte petabytes de dados gerados por usuários todos os dias.[15][16][17] O rápido crescimento do Google desde sua incorporação culminou em uma cadeia de outros produtos, aquisições e parcerias que vão além do núcleo inicial como motor de buscas. A empresa oferece softwares de produtividade online, como o software de e-mail Gmail, e ferramentas de redes sociais, incluindo o Orkut e, mais recentemente, o Google Buzz. Os produtos do Google se estendem à área de trabalho, com aplicativos como o navegador Google Chrome, o programa de organização de edição de fotografias Picasa e o aplicativo de mensagens instantâneas Google Talk. Notavelmente, o Google também lidera o desenvolvimento do sistema operacional móvel para smartphones Android, usado em celulares como o Nexus One e o Motorola Droid. O Alexa classifica o Google como o website mais visitado do mundo.[18] O Google também foi classificado pela revista Fortune como o quarto melhor lugar do mundo para se trabalhar[19] e como a marca mais poderosa no mundo pela BrandZ.[20] A posição dominante no mercado dos serviços do Google levou a críticas da sociedade sobre assuntos como privacidade, direitos autorais e censura.[21][22]

O Google começou em janeiro de 1996 como um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin, quando ambos eram estudantes de doutorado na Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos.[1]

Enquanto os motores de busca convencionais exibiam resultados classificados pela contagem de quantas vezes os termos de busca apareciam na primeira página, os dois teorizaram sobre um sistema melhor que analisava as relações entre os sites.[24] Eles chamaram esta nova tecnologia PageRank, onde a relevância de um site era determinada pelo número de páginas, bem como pela importância dessas páginas, que ligavam de volta para o site original.[25][26]

Um pequeno motor de busca chamado "RankDex" da IDD Information Services, desenhado por Robin Li, desde 1996, já explorava uma estratégia semelhante para pontuação e classificação de páginas.[27] A tecnologia do RankDex seria patenteada[28] e usada mais tarde por Li, quando fundou a Baidu na China.[29][30]

Page e Brin originalmente apelidaram de sua nova ferramenta de busca de "BackRub", porque o sistema de checava backlinks para estimar a importância de um site.[31][32][33]

Eventualmente, eles mudaram o nome para o Google, proveniente de um erro ortográfico da palavra "googol",[34][35] o número um seguido por cem zeros, que foi criado para indicar a quantidade de informação que o motor de busca podia processar.[36] Originalmente, o Google funcionou sob o site da Universidade Stanford, com o domínio google.stanford.edu.[37]

O nome de domínio "Google" foi registrado em 15 de setembro de 1997[38] e a empresa foi constituída em 4 de setembro de 1998. No início, sua sede ficava na garagem de uma amiga (Susan Wojcicki[1]) em Menlo Park, Califórnia. Craig Silverstein, um colega de doutorado estudante em Stanford, foi contratado como o primeiro funcionário.[1][39][40]

Financiamento e oferta pública inicial

A primeira iteração de servidores de produção do Google foi construída com um hardware de baixo custo.[41]

O primeiro financiamento para o Google foi uma contribuição de US$ 100.000 em agosto 1998 de Andy Bechtolsheim, co-fundador da Sun Microsystems, dada antes do Google ter sido incorporado.[42] No início de 1999, quando ainda eram estudantes de graduação, Brin e Page decidiram que o motor de busca que eles tinham desenvolvido tomava muito do seu tempo a partir de pesquisas acadêmicas. Eles foram ao CEO da Excite, George Bell, e se ofereceram para comprá-la por US$ 1 milhão. Ele rejeitou a oferta e, posteriormente, criticou Vinod Khosla, um dos capitalistas de risco da Excite, depois de ter negociado com Brin e Page um valor abaixo de US$ 750.000. Em 7 de junho de 1999, uma rodada de 25 milhões dólares de financiamento foi anunciada,[43] com os investidores importantes, incluindo as empresas de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers e a Sequoia Capital.[42]

A oferta pública inicial (IPO) do Google ocorreu cinco anos depois, em 19 de agosto de 2004. A empresa ofereceu 19 605 052 partes a um preço de 85 dólares por ação.[44][45] As ações foram vendidas em um leilão online usando um sistema construído pela Morgan Stanley e Credit Suisse, os subscritores do acordo.[46][47] A venda de 1,67 bilhões dólares deu ao Google uma capitalização de mercado de mais de US$ 23 bilhões.[48] A grande maioria das 271 milhões ações permaneceram sob o controle do Google e muitos funcionários do Google se tornaram milionários de imediato. Yahoo!, um concorrente do Google, também se beneficiou, pois possuía 8,4 milhões de ações do Google antes da IPO.[49]

Algumas pessoas especularam que a IPO do Google, inevitavelmente, trouxe mudanças na cultura da empresa. Razões variam desde a pressão dos acionistas para a redução de benefícios dos empregados ao fato de que muitos executivos da empresa se tornariam milionários de imediato.[50] Como resposta a esta preocupação, os co-fundadores Sergey Brin e Larry Page, prometeram, em um relatório a investidores potenciais, que a IPO não iria alterar a cultura da companhia.[51] Em 2005, porém, artigos no The New York Times e outras fontes começaram a sugerir que o Google tinha perdido a sua filosofia anti-corporativa, sem mal (Don't be evil ).[52][53][54] Em um esforço para manter a cultura única da empresa, o Google designou um Escritório Chefe de Cultura, que também trabalha como diretor de Recursos Humanos. O objetivo desse escritório é desenvolver e manter a cultura da companhia e trabalhar em maneiras de manter fiel aos valores em que a empresa foi fundada: uma organização plana, com um ambiente de colaboração.[55] O Google também tem enfrentado acusações de sexismo e de discriminação etária de seus ex-funcionários.[56][57]

O desempenho das ações após a IPO foi bom, com quotas a bater os 700 dólares pela primeira vez em 31 de outubro de 2007,[58] principalmente por causa das fortes vendas e dos lucros no mercado de publicidade online.[59] O aumento no preço das ações foi impulsionado principalmente por investidores individuais, ao contrário de grandes investidores institucionais e fundos mútuos.[59] A empresa está listada na bolsa de valores NASDAQ sob o símbolo GOOG e sob a Bolsa de Valores de Frankfurt com o símbolo GGQ1.

[editar] Crescimento

Googleplex, em Mountain View, Califórnia, a sede da empresa.

Em março de 1999, a empresa mudou sua sede para Palo Alto, Califórnia, lar de várias outras importantes startups de tecnologia do Vale do Silício.[60] No ano seguinte, contra a oposição inicial de Page e Brin para um motor de busca financiado por anúncios,[61] o Google começou a vender anúncios associados a palavras-chave de busca.[1] A fim de manter um projeto organizado da página e aumentar a velocidade, as propagandas eram exclusivamente baseadas em texto. Palavras-chave foram vendidas com base em uma combinação de propostas de preços e cliques nos anúncios, com lances a partir de cinco centavos por clique.[1] O pioneiro deste modelo de venda de publicidade por palavra-chave foi o Goto.com, spin-off do Idealab, criado por Bill Gross.[62][63] Quando a empresa mudou de nome para Overture Services, processou o Google por alegadas violações das patentes do pay-per-click e de licitações. A Overture Services viria a ser comprado pelo Yahoo! e renomeado Yahoo Search Marketing. O caso foi então resolvido fora do tribunal, concordando com o Google para a emissão de ações ordinárias para o Yahoo! em troca de uma licença perpétua.[64]

Durante este tempo, o Google conseguiu uma patente descrevendo seu mecanismo de PageRank.[65] A patente foi oficialmente atribuída a Universidade de Stanford e classificou Lawrence Page como seu inventor. Em 2003, após superando dois outros locais, a empresa arrendou seu atual complexo da Silicon Graphics na 1600 Amphitheatre Parkway, em Mountain View, Califórnia.[66] O complexo tem sido, desde então, conhecido como o Googleplex, uma brincadeira com a palavra googolplex, o número um seguido de um googol zeros. Três anos depois, o Google iria comprar a propriedade da SGI por US$ 319 milhões.[67] Nessa época, o nome "Google" encontrou seu caminho na linguagem cotidiana, fazendo com que o verbo "google" fosse adicionado ao Merriam Webster Collegiate Dictionary e ao Oxford English Dictionary, cujo significado era "usar o motor de busca Google para obter informações na Internet."[68][69]

[editar] Aquisições e parcerias

Desde 2001, o Google adquiriu várias empresas, com destaque para pequenas empresas de capital de risco. Em 2004, o Google adquiriu a Keyhole, Inc.[70] A empresa start-up desenvolveu um produto chamado Earth Viewer, que dava uma visão 3-D da Terra. O Google renomeou o serviço para Google Earth, em 2005. Dois anos depois, o Google comprou o site de vídeos online YouTube por US$ 1,65 bilhões em ações.[71] Em 13 de abril de 2007, o Google chegou a um acordo para adquirir a DoubleClick por US$ 3,1 bilhões, dando ao Google relacionamentos valiosos que a DoubleClick teve com os editores da web e agências de publicidade.[72] Mais tarde, naquele mesmo ano, o Google adquiriu a GrandCentral por US$ 50 milhões.[73] O site mais tarde seria alterado para Google Voice. Em 5 de agosto de 2009, o Google comprou a sua primeira empresa pública, com a compra da fabricante de softwares de vídeo On2 Technologies por US$ 106,5 milhões.[74] O Google também adquiriu a Aardvark, um motor de busca de redes sociais, por US$ 50 milhões. Google comentou em seu blog interno, "estamos ansiosos para colaborar para ver onde podemos ir."[75] E, em abril de 2010, o Google anunciou que tinha adquirido uma start-up de hardware, a Agnilux.[76]

Além das inúmeras empresas que o Google comprou, a empresa firmou parceria com outras organizações para tudo, desde pesquisa à publicidade. Em 2005, o Google fez uma parceria com o NASA Ames Research Center para construir 93.000 de escritórios.[77] Os serviços seriam usados para projetos de pesquisa envolvendo gestão de dados em grande escala, nanotecnologia, computação distribuída e indústria espacial empresarial. Mais tarde naquele ano, o Google firmou uma parceria com a Sun Microsystems, em outubro de 2005 para ajudar a compartilhar e distribuir outras tecnologias.[78] A empresa também fez uma parceria com a AOL, da Time Warner,[79] para aumentar outros serviços de busca de vídeo. As parcerias do Google em 2005 também incluiu o novo financiamento do domínio de topo .mobi para dispositivos móveis, juntamente com outras empresas, incluindo a Microsoft, Nokia e Ericsson.[80] O Google, mais tarde, lançou o "AdSense for Mobile", aproveitando o mercado emergente de publicidade móvel.[81] Ampliando sua publicidade para chegar ainda mais longe, o Google e a Fox Interactive Media, da News Corp, entraram em um acordo de US$ 900 milhões para fornecer a busca e publicidade no popular site de redes sociais MySpace.[82]

Sede do YouTube em San Bruno, Califórnia. A empresa foi adquirida pela Google em outubro de 2006.[83]

Em outubro de 2006, o Google anunciou que havia adquirido o site de compartilhamento de vídeos YouTube por US$ 1,65 bilhão em ações do Google e o negócio foi concluído em 13 de novembro de 2006.[83] O Google não oferece números detalhados para os custos de funcionamento do YouTube e as receitas do YouTube em 2007 foram anotadas como "não materiais" em um arquivamento regulador.[84] Em junho de 2008, um artigo da revista Forbes projetou a receita do YouTube em US$ 200 milhões para 2008, registando progressos na venda de publicidade.[85] Em 2007, o Google começou a patrocinar o NORAD Tracks Santa, um serviço que pretende acompanhar o progresso do Papai Noel na véspera de Natal,[86] usando o Google Earth para "acompanhar o Papai Noel", pela primeira vez, em 3-D,[87] e deslocando a ex-patrocinadora da AOL. O YouTube criou um canal de vídeos para o NORAD Tracks Santa.[88]

Em 2008, o Google desenvolveu uma parceria com a GeoEye para lançar um satélite que fornece ao Google imagens com alta resolução (0,41 m monocromáticas, a cores 1,65 m) para o software Google Earth. O satélite foi lançado da Base da Força Aérea de Vandenberg em 6 de setembro de 2008.[89] O Google também anunciou em 2008 que estava hospedando um arquivo de fotografias da revista Life como parte de sua mais recente parceria. Algumas das imagens no arquivo nunca foram publicados na revista.[90] As fotos foram filigrana e originalmente havia postado avisos de direitos autorais em todas as fotos, independentemente do status de domínio público.[91]

Em 2010, o Google Energy fez seu primeiro investimento em um projeto de energia renovável, a colocação de 38,8 milhões dólares em dois parques eólicos na Dakota do Norte. A companhia anunciou que os dois locais vão gerar 169,5 megawatts de potência, ou o suficiente para abastecer 55.000 casas. As fazendas, que foram desenvolvidos pela NextEra Energy Resources, vai reduzir o uso de combustíveis fósseis na região. NextEra Energy Resources vendeu ao Google uma participação de 20% do projeto, a fim de obter financiamento para o desenvolvimento do projeto.[92] Também em 2010, o Google comprou a Global IP Solutions, uma empresa baseada na Noruega, que prevê teleconferência baseada na web e outros serviços relacionados. Esta aquisição permitirá à Google incluir serviços de telefonia à sua lista de produtos.[93] Em 27 de maio de 2010, o Google anunciou que também fechou a aquisição da rede de publicidade móvel AdMob. Essa compra ocorreu dias após a Federal Trade Commission encerrar a sua investigação sobre a compra.[94] O Google adquiriu a empresa por uma quantia não revelada.[95] Em julho de 2010, o Google assinou um acordo com um parque eólico de Iowa para comprar 114 megawatts de energia para 20 anos.[96]

[editar] Mudanças na gestão

Em 20 de janeiro de 2011, a empresa anunciou que Larry Page vai ser o novo CEO a partir de 4 de abril. Eric Schmidt, deixa o cargo depois de 10 anos e assume a diretoria executiva, concentrando-se principalmente em parcerias e assuntos governamentais. Sergey Brin cuidará de projetos estratégicos e será responsável pelos novos produtos da empresa.[97]

[editar] Produtos e serviços

Ver página anexa: Lista de ferramentas e serviços do Google

[editar] Publicidade

Noventa e nove por cento da receita do Google é derivada de seus programas de publicidade.[98] Para o ano fiscal de 2006, a empresa registrou 10,492 bilhões dólares em receitas totais de publicidade e apenas US$ 112 milhões em licenças e outras receitas.[99] O Google tem implementado várias inovações no mercado de publicidade online que ajudou a torná-lo um dos maiores corretores do mercado. Usando a tecnologia da empresa DoubleClick, o Google pôde determinar os interesses dos utilizadores e as propagandas de destino para que sejam relevantes para seu contexto e para o usuário que a está vendo.[100][101] O Google Analytics permite que proprietários de sites possam rastrear onde e como as pessoas usam seu site e, por exemplo, analisem as taxas de clique para todos os links em uma página.[102] Os anúncios do Google podem ser colocados em sites de terceiros em um programa de duas partes. O Google AdWords permite que os anunciantes exibam seus anúncios na rede de conteúdo do Google, quer através de um custo por clique ou por custo de visitação. O serviço irmão, Google AdSense, permite que os proprietários de um web site exibam esses anúncios em seu site e ganhem dinheiro com todos os anúncios que são clicados.[103]

Uma das desvantagens e críticas deste programa é a incapacidade do Google em combater fraudes de cliques, quando uma pessoa ou um script automatizado "clica" em propagandas sem estar interessado no produto, para trazer lucros para o dono do site. Relatórios de 2006 afirmaram que entre 14 e 20 por cento dos cliques eram de fato fraudulentos ou inválidos.[104] Além disso, houve uma controvérsia sobre o Google "busca dentro de busca", onde uma caixa de pesquisa secundária permite ao usuário encontrar o que está olhando dentro de um determinado site. Foi logo informado que o "busca dentro de busca" é usado para uma empresa específica, anúncios de concorrentes e de empresas rivais muitas vezes são mostrados juntamente com os resultados, tirando os usuários de sua busca inicial.[105] Outra queixa contra a publicidade do Google é a censura dos anunciantes, embora muitos casos cumprimento estejam de acordo com o Digital Millennium Copyright Act. Por exemplo, em fevereiro de 2003, o Google parou de mostrar as propagandas da Oceana, uma organização sem fins lucrativos, protestando contra práticas de tratamento de esgoto de um navio de cruzeiro. O Google citou a sua política editorial na época, afirmando que "o Google não aceita publicidade se os defensores do anúncio ou site estarem contra outros indivíduos, grupos ou organizações".[106] A política foi alterada mais tarde.[107] Em junho de 2008, o Google fez um acordo publicitário com o Yahoo!, para permitir anúncios do Google em páginas do Yahoo!. A aliança entre as duas empresas nunca foi totalmente realizada devido às preocupações antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Como resultado, o Google retirou-se do negócio em novembro de 2008.[108][109]

Motor de busca
Ver artigo principal: Google Search

 

Página inicial do Google Search.

O motor de busca do Google na web é o serviço mais popular da companhia e o site mais acessado do mundo. De acordo com pesquisa de mercado publicado pela comScore, em novembro de 2009, o Google era o motor de busca dominante no mercado dos Estados Unidos, com uma quota de mercado de 65,6%.[110] O Google indexa trilhões de páginas web, de modo que os usuários podem pesquisar as informações que quiser, através do uso de palavras-chave e operadores. Apesar de sua popularidade, tem recebido críticas de várias organizações. Em 2003, o The New York Times se queixou de indexação do Google, alegando que o cache de conteúdo do Google em seu site violava os seus direitos autorais sobre o conteúdo.[111] Neste caso, o Tribunal Distrital de Nevada decidiu em favor do Google nos casos Field v. Google e Parker v. Google.[112][113] Além disso, a publicação2600: The Hacker Quarterly compilou uma lista de palavras que a nova ferramenta de pesquisa instantânea do gigante da web não irá procurar.[114] O site "Google Watch" também criticou os algoritmos do PageRank, do Google, dizendo que eles discriminam novos sites e favorecem os já estabelecidos,[115] também foram feitas acusações sobre as conexões entre a Google, a NSA e a CIA.[116] Apesar das críticas, o motor de pesquisa básica já se espalhou para serviços específicos também, incluindo um motor de busca de imagens, os sites de busca Google News, Google Maps e muito outros. No início de 2006, a companhia lançou o Google Video, que permite que os usuários carreguem, pesquisem e vejam vídeos da internet.[117] Em 2009, no entanto, os uploads para o Google Video foram interrompidos para que o Google pudesse se concentrar mais no aspecto da busca do serviço.[118] A empresa também desenvolveu o Google Desktop, uma aplicação de pesquisa de desktop usada para procurar por arquivos locais de computador. O desenvolvimento mais recente do Google em busca é a sua parceria com o United States Patent and Trademark Office para criar o Google Patents, que permite livre acesso à informação sobre patentes e marcas.

Um dos serviços de busca mais controversos do Google é o Google Books. A empresa começou a digitalizar livros, upload de visualizações limitadas e livros completos, quando permitido, em seu novo motor de busca de livros. A Authors Guild, grupo que representa 8.000 autores dos Estados Unidos, entrou com uma ação coletiva em um tribunal federal de Manhattan contra o Google em 2005 por este novo serviço. O Google respondeu que está em conformidade com todas as aplicações existentes e históricas das leis de direitos autorais sobre os livros.[119] O Google finalmente chegou a um acordo revisto em 2009, para limitar as suas digitalizações de livros de países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá.[120] Além disso, a Corte Cível de Paris decidiu contra o Google no final de 2009, pedindo-lhe para remover as obras de La Martinière (Éditions du Seuil) de sua base de dados.[121] Na competição com a Amazon.com, o Google planeja vender versões digitais de livros novos.[122] Da mesma forma, em resposta ao recente lançamento do Bing, em 21 de julho de 2010, o Google atualizou sua busca de imagens para exibir uma sequência de thumbnails que, quando selecionadas, são ampliadas. Apesar de buscas da web ainda aparecem em um formato tradicional de página, em 23 de julho de 2010, definições de dicionário para determinadas palavras em inglês começaram a aparecer acima dos resultados ligados para pesquisas na web.[123]

PRESERVATIVO

História

Atribui-se ao povo grego o uso de bexigas natatórias de peixes e o uso feminino de bexiga de animais. Na Idade Média, entre fórmulas que incluíam partes sexuais, urina e excremento de animais, o modo supersticioso de contracepção avançava para o uso de um preservativo de linho envoltório, por vezes embebido em substâncias ditas medicinais. Os chineses usavam um envoltório feito com papel de seda untado com óleos. Há relatos de preservativos femininos feitos de vegetais. [2]

Nos séculos XV e XVI, a sífilis era um problema que atemorizava o Velho e o Novo Mundo, quando Gabrielle Fallopio, que descreveu as trompas femininas, realizou o primeiro teste clínico com um preservativo feito de linho e tratado com ervas para prevenir a doença, surgindo daí o nome "camisa de vênus", ou "luva de vênus".[3] Um século depois, um médico inglês - conhecido como dr. Condom - resolveu criar um protetor feito com tripa de animais para o rei Carlos II de Inglaterra, a fim de evitar o nascimento de tantos filhos ilegítimos (No entanto não há qualquer evidência de que tal médico tenha realmente existido).

No século XVII, um artesão desenvolveu preservativos a partir intestino de carneiro, que funcionavam como uma segunda pele. Produzida em escala industrial (1780), a França, famosa por seus prostíbulos, passou a exportar o produto.[4] Em 1870 surgiram os primeiros preservativos de borracha natural. Entretanto, eram incômodos e não descartáveis. O preservativo de látex é uma invenção americana que se popularizou em 1930. A partir dos anos 1960, perde terreno para a pílula anticoncepcional e medicamentos de combate a maioria das doenças venéreas. O advento da aids reabilitou o uso das camisinhas.

Em 1839, o americano Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização da borracha tornando-a mais maleável e resistente, porém somente em 1870 o preservativo de látex passou a ser fabricada em série.